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Coisa de mulher: a representatividade feminina no universo dos games

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Você sabia que mais de 53% do público gamer no Brasil é formado por mulheres? Não? Pois bem, esse é um dado da Pesquisa Game Brasil 2017 e ela faz "cair por terra" o pressuposto de que jogos online são atividades masculinas. Para entender melhor como está a representatividade feminina dentro desse cenário, siga com a leitura do post.

Representatividade feminina em videogames

A mulher vem se destacando cada vez mais na sociedade. Com os direitos adquiridos ao longo do tempo e os movimentos contra o assédio, esse público sai da sombra masculina para conquistar uma voz própria. Isso também começa a se refletir no mundo dos jogos.  

A evolução dos personagens de videogames: o papel das heroínas

Desde a década de 1980, as mulheres aparecem como personagens de videogames. O problema é que a grande maioria delas está estereotipada. Algumas são como a frágil Princesa Peach (Super Mario), outras são bobas como Ashley Graham (Resident Evil 4) e muitas são sexualizadas, como Rainbow Mika (Street Fighter).

Na última edição da SBGames 2018 — maior evento acadêmico da América Latina sobre jogos e entretenimento digital —, esse debate de papéis apareceu em diferentes artigos científicos.

Felizmente, o cenário vem mudando e hoje é possível encontrar diversas heroínas fortes que fogem do estereótipo machista e têm enredos bem construídos. Exemplo disso é a Ellie, de The Last of Us, e a Aloy, de Horizon Zero Dawn. A primeira é uma jovem de 14 anos que pode ser a cura para uma infecção em um mundo pós-apocalítptico e a outra é uma caçadora habilidosa enfrentando robôs.

O último lançamento do videogame League of Legends (LOL) também apresentou ao público, no final de 2018, uma nova heroína: Neeko. Com a habilidade de se transformar em outros participantes, ela aumenta o time de mulheres jogáveis dentro de um dos maiores games online do mundo.

A arte gráfica e o visual feminino

O design de um personagem é um dos pontos que mais chamam a atenção dos jogadores em um videogame. No caso das heroínas, a arte gráfica pode reforçar ou transformar figuras preconceituosas.

Muitas personagens são mostradas em roupas diminutas e com corpos sexualizados, reforçando sempre seio e bunda. Isso aparece, principalmente, quando as personagens são heroínas fortes. Exemplos disso é Chun-Li, de Street Fighter, e Lara Croft, de Tomb Raider.

Hoje, no entanto, já é possível encontrar personagens com uma arte gráfica equilibrada. Algo do tipo pode ser visto com a Tracer, de Overwatch, e a Kassandra, de Assassin's Creed Odyssey.

Nas atuais versões do jogo Tomb Raider, os desenvolvedores tiraram o aspecto hipersexualizado do corpo de Lara Croft. Em entrevistas, o estúdio afirmou que esses conceitos machistas ficaram no passado. Agora, a ênfase está na história e na força da heroína. 

Mulheres em competição de videogame

Além de marcarem presença como personagens, as mulheres surgem como jogadoras. No Brasil, são mais de 35 milhões de players (dados Newzoo 2018) e, muitas delas, saem do nível da diversão e encaram o jogo de forma profissional.

Hoje, existem várias jogadoras atuando em competição de videogame. Como exemplo temos Luana “Ludarc” Felix, que joga Smite, e Juliana "showliana" Maransaldi, competindo com Counter-Strike: Global Offensive. Há ainda Nicolle "CherryGumms" Merhy, especialista em Rainbow Six Siege e que, atualmente, comanda uma equipe de outros jogadores. 

Percebeu como a representatividade feminina está cada vez mais presente nos games? Você, inclusive, pode contribuir com esse cenário ao desenvolver novos jogos mais igualitários.

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