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As Teorias da Administração ainda são usadas atualmente?

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Após as revoluções industriais e o crescimento desenfreado e desordenado das indústrias surgiram as primeiras Teorias da Administração.

Era preciso substituir o empirismo por métodos científicos, aumentar a eficiência e fazer melhor uso dos recursos, que até então eram mal aproveitados.

A partir disso nasceu a primeira teoria e logo em seguida outras surgiram, aperfeiçoando métodos e propondo novas abordagens.

Mas será que essas práticas e metodologias ainda são aplicadas atualmente? Quais contribuições elas deixaram? Por que ainda são importantes?

Elaboramos este artigo para falar sobre isso. Esse tema, aliás, está em um de nossos cursos online mais procurados, o Curso Online Teorias da Administração.

Continue a leitura e saiba mais!

Um breve histórico das Teorias da Administração

Entenda em que algumas das teorias se baseavam para conduzir seus processos. Separamos quatro das principais para, em seguida, discutir se elas ainda impactam nos modelos atuais de gestão.

A Administração Científica e a Teoria Clássica

A primeira teoria foi a Administração Científica. Frederick Taylor estudou o trabalho dos operários, identificou os principais problemas dessa época e sugeriu que fossem implantados métodos científicos onde havia improvisação.

Nascia então a Administração Científica. A troca dos métodos empíricos pelos científicos ganhou a denominação de Organização Racional do Trabalho – ORT, que previa padronização das atividades e ferramentas utilizadas, divisão do trabalho, tempo para a execução das tarefas e supervisão, entre outros.

Outro destaque da Administração Científica foi Henry Ford, cujo interesse, como empresário, era melhorar a produtividade e aumentar a produção. Tanto ele quanto Taylor deram uma contribuição inestimável à administração e até hoje qualquer produção em massa tem sua base nessa escola de administração.

Logo em seguida, surgia a Teoria Clássica, que tem como principal representante o engenheiro francês Henry Fayol. Sua contribuição se deu especialmente no pensamento sobre o conjunto de operações que formam as funções de uma organização; os elementos que constituem a ação de administrar; o conjunto de qualidades e conhecimentos necessários às pessoas que contribuirão nas organizações; e os princípios gerais da administração.

Modelo Burocrático de Organização

O sociólogo alemão Max Weber dedicou-se a entender a autoridade racional, legal e burocrática. De suas pesquisas saiu a identificação do que ele chamou de “tipo ideal de organização burocrática”. Mas qual seria esse tipo ideal? De acordo com o autor, uma forma racional de moldar os meios de operação aos objetivos da organização, buscando-se a máxima eficiência.

São algumas características da burocracia, segundo o autor:

– Cargos e atividades delimitados por normas e regulamentos a fim de definir como a organização funcionará;

– Divisão sistemática do trabalho, com áreas específicas de competência, ou seja, explicar exatamente as obrigações da pessoa em sua função e dar-lhe autoridade para que a desempenhe;

– Princípio da hierarquia da autoridade, com o cargo inferior sob supervisão do superior e assim sucessivamente;

– Obrigatório o registro de decisões e normas, para que sejam entendidas e cumpridas sistematicamente.

Esse modelo se aplica a diversas organizações, como órgãos públicos, clubes, associações particulares, partidos políticos, Exército e outros.

A Teoria Estruturalista

Esta provocou uma importante ruptura com relação às outras: passou a mostrar a organização como um sistema aberto, relacionado com outras organizações e com o ambiente.

Seu conceito é de que a organização é um todo composto por partes que se inter-relacionam. Ela tem uma abordagem múltipla, pois considera os fundamentos das outras teorias – administração científica, clássica, das relações humanas e o modelo burocrático. A teoria estruturalista envolve:

– Elementos da organização formal e informal;

– A organização e seu ambiente, considerando o todo: a organização, o grupo, as interações com outras organizações, relações com clientes etc;

– As empresas e outros tipos de organizações que as teorias anteriores não envolviam, pois se concentravam nas indústrias. Exemplos: clubes, hospitais, igrejas, prisões, escolas e serviços de assistência social, entre outros.

Teoria das Relações Humanas

Mais uma que faz parte da introdução à teoria geral da administração: a das relações humanas. Essa teoria nasceu das conclusões da Experiência de Hawthorne. Esse experimento foi uma reação à teoria clássica e afrontou os aspectos técnicos e formais com aspectos psicológicos e sociológicos.

A experiência foi conduzida por Elton Mayo e G. A. Pennock, na fábrica da Western Eletric Co., em Chicago. Somaram forças ao experimento de Hawthorne os estudos a respeito da psicologia dinâmica, de Kurt Lewin e alguns colaboradores, principalmente na compreensão de aspectos de liderança e comunicação.

Juntando todos os resultados e conclusões, delinearam-se os princípios fundamentais da teoria das relações humanas:

– Expectativas grupais determinam o nível de produção (em contraponto à capacidade fisiológica, da teoria clássica);

– Os trabalhadores reagem, muitas vezes, como membros de grupos e não individualmente. A administração deveria passar a enxergá-los como membros desses grupos de trabalho – passíveis de influências vindas deles – e não tratá-los um a um, como elementos separados.

– A liderança apareceu como de extrema importância para que se estabeleça normas de grupo. Ênfase para as lideranças informais, que são reconhecidas por seus grupos e que influem em seu comportamento. Já a liderança por parte dos chefes deve ser democrática e promover a participação dos trabalhadores nas decisões, fortalecendo o comprometimento do grupo com a organização.

Essas teorias ainda norteiam os modelos de gestão?

Ao ler o artigo, você pode ter percebido que duas delas ainda podem estar ligadas às gestões atuais das organizações.

O modelo burocrático, por exemplo, ainda está bastante arraigado no setor público e, de forma mais branda, no setor privado. Na verdade, não tem como deixá-la totalmente de lado, uma vez que normas e regulamentos e processos documentados são necessários aos negócios.

Ao analisarmos a teoria estruturalista, podemos perceber que ela foi a primeira a considerar a empresa como um todo, incluindo seus stakeholders.

A de relações humanas, por sua vez, foi a primeira a focar no capital humano. Podemos dizer que estava no caminho certo, mas que só no século 21 esse foco se tornou importante e as empresas realmente enxergaram os colaboradores como o principal recurso para que as empresas funcionem. Iniciava-se então uma nova era, a de gestão de pessoas.

Esperamos que tenha gostado do conteúdo.

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