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Determinantes sociais da saúde: o que são e qual a importância?

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Os determinantes sociais de saúde são atribuídos às condições em que os indivíduos vivem e trabalham. Além disso, são levados em conta outros fatores que podem colocar a saúde da população em risco, como, por exemplo, aqueles de ordem econômica, social, étnica, regional, psicológica, cultural e comportamental.

De acordo com a Fiocruz, estudos nessa área podem apresentar muitas variações. Isso acontece porque os determinantes sociais de saúde não devem ser vistos apenas sob o ponto de vista das doenças geradas. Mas, também, considerando todo o leque de problemas que eles podem acarretar ao indivíduo e à sociedade.

Esses problemas, portanto, podem ser observados no âmbito psicológico, na qualidade de vida ou na experiência mais geral do que deveria ser uma vida saudável. Para entender melhor a atuação desses fatores, é preciso compreender a dificuldade em se criar uma hierarquia entre eles, já que atuam de formas diferentes em cada indivíduo.

É notável, no entanto, que as desigualdades sociais são grandes causadoras de problemas de saúde, e que suas consequências são extremamente amplas e danosas. É preciso pensar, então, em formas de combatê-la – até mesmo para garantir a saúde e a qualidade de vida de grande parte dos brasileiros.

Quais são os principais determinantes sociais de saúde?

Os determinantes sociais de saúde podem ser divididos em dois grupos: os determinantes sociais estruturais e os determinantes sociais intermediários. O primeiro grupo diz respeito aos fatores mais ligados às desigualdades sociais, apresentando um impacto mais difícil de se contornar e, em geral, mais grave.

Portanto, os determinantes sociais estruturais dizem respeito justamente à estrutura da sociedade. Sendo assim, tratam principalmente de classe social e acesso à educação, por exemplo, abordando também raça e etnia, gênero e sexualidade.

Já os determinantes sociais intermediários, apesar de também envolverem as diferenças sociais, são mais sutis e geralmente englobam outros fatores que também podem comprometer uma vida saudável. Nesse sentido, se relacionam a condições de trabalho, disponibilidade de alimentos e ainda à prática de exercícios físicos.

Por fim, é bom notar: embora esses determinantes sejam classificados separadamente, na vida real de fato estão muito inter-relacionados. Uma pessoa de classe baixa, por exemplo, terá menos acesso a alimentos e provavelmente condições de trabalho piores.

Como os determinantes sociais de saúde afetam a rotina?

Os determinantes sociais são totalmente relacionados à rotina. Dessa maneira, para fazer um mapeamento correto a respeito dos mesmos, também é preciso observar com atenção a rotina das pessoas e perceber os possíveis fatores que podem desencadear problemas.

Por isso é tão importante buscar informações a respeito de fatores como as condições de trabalho de uma pessoa, a prática de exercícios, a alimentação, a sua classe social, sua etnia e seu gênero.  Afinal, não se trata só de elementos teóricos, mas de aspectos práticos que podem fornecer subsídios inclusive para as políticas públicas de saúde.

Esses fatores, no entanto, não estabelecem de forma absoluta que todas as pessoas de determinada classe, gênero ou etnia vão ter sempre mais problemas de saúde ou até mesmo irão morrer mais cedo. Afinal, cada indivíduo concreto pode ter peculiaridades que vão entrar em confluência ou dissonância em relação ao seu grupo social.

Os pesquisadores, nesse sentido, têm como uma das principais preocupações a observação da rotina e o compartilhamento de informações, visando perceber onde há problemas que precisam ser combatidos. Cabe a eles, então, indicar ações no âmbito nacional, local ou até internacional que melhorem a qualidade de vida de todos os grupos sociais.

Qual a importância dos determinantes sociais de saúde?

A importância dos determinantes sociais de saúde diz respeito justamente à construção de uma visão mais ampla e moderna a respeito do processo de saúde-doença. Dessa forma, ele passa a não ser visto apenas como um estado de ausência de doenças, mas como um estado de bem-estar físico, social e até mesmo mental bem mais amplo.

No passado, a condição de saúde era vista a partir de uma perspectiva de unicausalidade. Ou seja, todas as doenças que eventualmente se manifestassem eram vistas como se tivessem uma única origem. Numa visão mais atual, no entanto, foi bastante ampliada a consciência de que a doença se refere a um conjunto bem mais complexo de sintomas e sinais.

A saúde não se resume, portanto, à eventual ausência de alguma enfermidade. E a doença, por sua vez, atinge as pessoas de formas diferentes, podendo provocar reações também bastante variadas. Sendo assim, podemos notar que os dois conceitos não são tão opostos, como poderia parecer numa visão mais simplista.

Nesse sentido, focar esforços para entender os determinantes sociais de saúde ajuda a tratar as doenças a partir de uma perspectiva da multicausalidade. A partir disso, é possível abarcar todo um leque bem complexo de variáveis inter-relacionadas e dinâmicas que podem levar ao adoecimento de uma população.

Qual é a linha de atuação dos profissionais que estudam os determinantes sociais de saúde?

Os profissionais dessa área atuam promovendo e apoiando pesquisas sobre os determinantes sociais de saúde em várias regiões do país. Trabalham, também, para pensar e propor medidas mais consistentes e eficazes no contexto das políticas de saúde.

Dessa maneira, esses profissionais produzem conhecimento sobre a relação entre os determinantes sociais e o acesso à saúde no Brasil. Eles analisam índices gerais, fazem pesquisas de campo e trabalham com a observação de rotinas que podem levar a riscos específicos em cada área do país.

Junto com a sociedade civil, esses pesquisadores podem contribuir muito para a diminuição das iniquidades na área da saúde no Brasil. Eles, afinal, também podem atuar fortemente na conscientização da população, promovendo ações que visem melhorar o acesso à uma vida saudável para todas as pessoas.

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